Início País Droga ‘Bloom’ da ‘moda’ está a arruinar a vida de centenas de jovens na Madeira

Droga ‘Bloom’ da ‘moda’ está a arruinar a vida de centenas de jovens na Madeira

0
Droga ‘Bloom’ da ‘moda’ está a arruinar a vida de centenas de jovens na Madeira

É barata, legal, chama-se ‘Bloom’ e está a destruir a vida de muitos jovens na Madeira. O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, já reagiu, tal a dimensão que o problema está a atingir, nos últimos tempos.

Portanto, trata-se de uma nova droga sintética, que está a ser vendida como um fertilizante. Ou seja, é de fácil acesso e pode encontrar-se em qualquer local, por pouco mais do que cinco euros. A sua utilização, de forma recreativa, pode levar a alucinações durante horas e por tão pouco dinheiro. Por todas estas razões, são muitos os relatos de jovens a vaguear pelas ruas, completamente descontrolados, e que já terá provocado várias mortes.

“Quer a cocaína, quer a heroína, quer o haxixe, qualquer tipo de droga torna-se mais cara para comprar numa ilha. E aparece uma solução mais barata, em que os efeitos são iguais ou mais fortes, neste caso são bem piores, e tornou-se rapidamente a rainha da noite”, contou um jovem, em declarações ao jornal Correio da Manhã. Entre os principais relatos, há casos de jovens hospitalizados e outros a viverem na rua e até a atentarem contra as próprias vidas, por causa dos surtos psicóticos provocados por esta droga.

Sílvia Ferreira, da Associação CASA, uma instituição de apoio aos sem-abrigo, fala em várias mortes provocadas por esta droga. “Ninguém sabe em que estado estavam. Podiam, por exemplo, achar que estavam a voar e naturalmente morreram. Não há ainda tratamento para esta droga. Tornam-se violentos, estão em surto demasiadas vezes e muitos nem nos reconhecem. É muito difícil”, esclareceu.

Também Miguel Albuquerque foi chamado a comentar este flagelo, com grande preocupação. “Está tudo a abarrotar, mas há sempre lugar porque nós temos feito investimentos. O internamento não é o problema. O problema neste momento não é um problema operacional. Os problemas operacionais nós resolvemos. O problema é como é que vamos proceder. O tratamento deve ser feito com acompanhamento permanente e com internamento”, revelou o autarca, ainda sem saber como se poderão fazer os tratamentos, caso os pacientes não o aceitem e a justiça também não os possa obrigar.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui