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Condutor que abalroou Claudisabel em maus lençóis. Há hipótese de crime

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Condutor que abalroou Claudisabel em maus lençóis. Há hipótese de crime

Revelados novos detalhes sobre o acidente de Claudisabel

No podcast do Correio da Manhã, ‘Crime e Castigo, a jornalista Débora Carvalho e o diretor executivo do Correio da Manhã Paulo João Santos comentaram o acidente fatal de Claudisabel, na madrugada de 19 de dezembro, na A2, junto a Alcácer do Sal. Numa altura em que há ainda muito por desvendar, os jornalistas de investigação falaram sobre os próximos passos das autoridades, numa das tragédias que marca este ano de 2022.
De acordo com Débora Carvalho, importa agora às autoridades apurar onde aconteceu o embate, entre o Audi A4 e o Smart da cantora, se na berma, com o Smart parado ou se na faixa da direita, com a artista, que se estaria a sentir mal, a rodar em marcha lenta. “Foram feitos testes de álcool e droga aos intervenientes. Os resultados, como sabemos, demoram a chegar”, disse a jornalista, que desconhece se o condutor do Audi A4 já foi ouvido, ou se será nos próximos dias, sendo certo que o seu testemunho será determinante nesta investigação.

“A GNR tem que o ouvir para perceber também, da parte dele, qual é a explicação para este acidente”, continuou a jornalista, que espera alguma celeridade no processo, especialmente para a família de Claudisabel, para ter este ‘encerramento’ e poder fazer o seu luto devidamente, dando o exemplo do caso Sara Carreira que, como se sabe, a morosidade no processo tem trazido muita dor à família Carreira.

“É importante para esta mãe, que foi a última pessoa a falar com Claudisabel, possa então perceber se a filha teve algum descuido que lhe foi fatal, ou se por outro lado foi apanhada de surpresa por este condutor. Tudo isto é preciso apurar porque, no limite, este condutor pode ser condenado por homicídio por negligência”, concluiu Débora Carvalho.

O diretor do Correio da Manhã, Paulo João Santos, quis apenas acrescentar três notas às palavras da colega. Primeiro, falou sobre a reconstituição do acidente, nos mesmos moldes do que aconteceu com o acidente de Sara Carreira, com a GNR a recorrer a um programa informático, onde introduz todos os elementos conhecidos do sinistro e o programa devolve uma simulação do que realmente aconteceu. Isto pode dar várias respostas decisivas para a investigação e atribuir culpas, caso existam.

Depois, há uma informação que o Correio da Manhã tem avançado, que pode resolver todo o dilema. “Há fortes suspeitas que o condutor [do Audi] estaria alcoolizado”, disse Paulo João Santos, a afirmar a mesma convicção que o jornal tem revelado, sobre esse primeiro teste de alcoolemia realizado no local do acidente. Ainda se aguardam os resultados dos testes de sangue, mas o diretor do jornal acredita nessa possibilidade.

Numa autoestrada, com um campo de visão tão alargado, o jornalista não entende como ele não viu o Smart de Claudisabel, estivesse na berma ou em marcha lenta, ele deveria ter visto e evitado o acidente, com o álcool a poder explicar o sucedido. “Não se percebe porque é que ele não travou, ou não se desviou a tempo”, acrescentou.

Caso se confirme o álcool, o jornalista antecipa que o Ministério Público vai acusar este condutor por homicídio por negligência ou por negligência grosseira, o que pode levar este homem a uma moldura penal de até cinco anos de prisão.

A terceira nota a realçar por Paulo João Santos tem também a ver com a demora do processo, que ele espera que chegue a julgamento mais rápido do que aconteceu em outros casos, como o de Sara Carreira. “Há uma mãe que está a sofrer. Há uma mãe que precisa de respostas e que quer fazer o seu luto”, concluiu o jornalista, no podcast ‘Crime e Castigo’.

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