Portugal acabou por desiludir novamente, neste Campeonato do Mundo. Muitos fãs da seleção portuguesa acreditam que Portugal joga pouco, tendo em conta a concentração de talento do plantel. Tirando o jogo com a Suíça, em que a exibição foi condizente com os números expressivos da vitória (6-1), Portugal acabou por ficar aquém das expetativas.
Sendo certo que alguns dos principais jogadores se tenham exibido abaixo da melhor forma, muitos culpam Fernando Santos, até por essa situação e se o selecionador está ou não a tirar o melhor proveito de jogadores, que parecem render mais nos seus clubes do que na seleção.
Por isso, a paciência quanto a Fernando Santos parece finalmente ter-se esgotado. Há ainda essa questão do selecionador português ter tirado Cristiano Ronaldo do onze. O cinco vezes melhor do Mundo foi titular nos primeiros três jogos, ficou chateado quando o treinador o tirou na terceira partida, e não voltou a ser titular, tendo entrado no decorrer do segundo tempo contra a Suíça e contra Marrocos.
Cristiano Ronaldo fez um Mundial mais apagado, mas muitos adeptos não perdoam a Fernando Santos, por ter tirado o jogador do onze. Tudo isso pode ter deixado o selecionador mais fragilizado, ele que tem contrato até ao verão de 2024.
Caso a Federação Portuguesa de Futebol queira encurtar essa passagem, até agora programada para terminar na final do Euro’2024, terá de abrir os cordões à bolsa. É que o treinador tem um salário anual de três milhões de euros (25% é para os adjuntos), além de um milhão pelos direitos de imagem. Ou seja, com um ano e meio de contrato, a FPF teria que pagar os 7 milhões de euros, fora os prémios por objetivos.