Maria Botelho Moniz recebeu mais uma convidada nas tardes da TVI, no programa ‘Goucha’, para uma conversa intimista, que se revelou muito pesada. Nem a apresentadora estaria à espera de um relato tão forte como Helena Isabel, agora comentadora do Big Brother, fez sobre o seu passado, muito marcado pela violência doméstica.
Helena Isabel abriu completamente o livro, sobre o seu passado. De lágrimas nos olhos, a antiga participante de reality show recordou uma infância muito difícil. Falou sobre as diferenças sentidas para o irmão, o destrato de avós e mãe e, especialmente, do padrasto, numa entrevista que deixou os portugueses em lágrimas.
“A minha relação com o meu irmão foi sempre pautada com muitos atritos. Nós fomos criados nisso. Quando a minha mãe soube que estava grávida de mim, ninguém queria que a minha mãe me tivesse. Desde miúda que ouvi ‘tu não eras para ter nascido’. É grave e é um peso que carregamos.
Quando os meus pais se separaram e o meu irmão ficou com os meus avós paternos, eu sentia que ele era tratado de forma diferente. Já por aí era muito complicada a nossa relação. Tivemos altos e baixos, mas graças a Deus neste momento a relação é maravilhosa, o meu irmão é uma pessoa muito especial e acho que independentemente de tudo o que nós passamos, os nossos pais criaram duas pessoas muito civilizadas e completas”, disse a agora comentadora.
Sobre a violência mais física, Helena Isabel também fez um desabafo chocante: “Sofri imenso, ficava com marcas enormes… Não quero dizer que é no Alentejo que se resolvem as coisas assim, mas na minha altura apanhava-se, não é como agora. Fazia muitas traquinices e apanhava muito”, admite.
Helena Isabel explicou ainda que acredita que essa violência poderá ser justificada pelo facto de ter sido criada, a certa altura, apenas pela mãe. “Acho que foi pelo facto de não conseguir criar uma filha sozinha”, partilha. Embora hoje tenha uma relação melhor com a mãe, Helena admitiu nesta entrevista que gosta mais do pai. Mais tarde, a mãe de Helena refez a vida com outra pessoa, contudo, o padrasto não gostava dela, como a própria diz. A jurista diz mesmo que deixou de ir ver a mãe ao Alentejo para não se cruzar com ele. “A minha mãe teve uma pessoa com quem esteve 16 anos. Quando alguém te diminui, isso dói”.