Continua a dar que falar a crónica de Alexandre Pais no jornal Correio da Manhã. O antigo jornalista criticou Maria Botelho Moniz, e também Cristina Ferreira, não pela forma como a apresentam, mas pelas suas formas físicas.
“Esteve há pouco de férias a apresentadora que se diz ter o lugar em risco na TVI – desde logo porque é a praia, talvez a única, em que Cristina Ferreira poderá voltar a ser feliz. Mas não é a inoportuna ausência com chuva no canal que me espanta, antes o facto de Maria Botelho Moniz não aproveitar a maior oportunidade profissional da sua vida para tratar da imagem.
Mulher simpática mas robusta, com tendência para aumentar de peso e raramente usando roupa adequada as suas características, Maria devia concentrar nesse problema, de resolução difícil, o que ele exige: disciplina e capacidade de sacrifício, muito sacrifício.
Não estará na melhor estação para isso. Basta ver como nas galas de domingo a sua diretora, de mangas a cava, exibe – e ergue em vez de proteger – os braços tomados pela flacidez do tempo e da falta de ginásio.
Que olhe para Catarina Furtado e Sónia Araújo, que na RTP são exemplos de cuidado e inteligência. Após os 50, surgem sempre de silhueta perfeita e bem produzidas, em sinal de respeito por si e pelo público, e evitando que o inverno chegue mais cedo. Acorda, Maria“, são as palavras da polémica, contra as duas apresentadoras, mas no fundo, contra todas as mulheres, nesta ideia de que o principal é a imagem.
Rapidamente se espalhou uma onda de apoio pelas apresentadoras, de vários setores da sociedade.
No entanto, uma das mensagens mais bonitas é a de Pedro Chagas Freitas. O escritor escolheu as palavras certas para expressar os seus sentimentos após o ataque sofrido por Maria Botelho Moniz.
“Maria Botelho Moniz foi alvo de um ataque soez, inclassificável, numa crónica nojenta a que não darei a publicidade que não merece. O que vim aqui escrever é simples (e é o mais importante): de entre as muitas pessoas com quem conversei em televisão (e fora dela), a Maria é uma das melhores. Uma das melhores profissionais, uma das mais bem preparadas, uma das mais genuínas. A Maria é real. E, para além de ser muito boa profissional, é realmente boa pessoa: muito boa pessoa. Desde os tempos do Curto Circuito, onde me cruzei com ela pela primeira vez, que mostra todo o talento que tem, toda a dimensão que hoje, em palcos com muito mais audiência, só quem não quiser ser honesto intelectualmente poderá não reconhecer.
A Maria veste o que quiser e é uma pessoa linda: eis tudo o que tenho para dizer hoje.
Parabéns, Maria. E siga”, pode ler-se no Facebook do escritor, uma carta aberta à apresentadora da TVI, que já conta com quase mil partilhas nesta rede social.
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